Velha retórica nos discursos dos políticos canastrões de plantão , a educação sempre surge como a menina dos olhos , um elemento capaz de atrair eleitores ,com suas lendárias promessas de promoção da igualdade social. “A educação liberta mentes e transforma vidas, qualificando mão de obra de excelência enquanto nos eleva a categoria de cidadãos no pleno gozo de seus direitos”, nos diriam enfaticamente os utópicos ou cínicos personagens do contexto social.
Idealismos ou oportunismos a parte, mas o fato é que não é possível fugirmos da realidade de que a educação no Brasil está longe de funcionar como uma alavanca para o desenvolvimento sócio-econômico que ambos apregoam seja por sinceridade ou conveniência. È bem verdade que nos últimos observou-se esforços no sentido de concretização da universalização do ensino fundamental e superior e que hoje cada vez mais membros das classes menos favorecidas têm acesso as universidades e escolas e podem, também ostentarem os títulos acadêmicos , em um ritual apenas restrito há décadas passadas aos membros mais abastados da sociedade.
Contudo dentro dessa perspectiva favorável que a democratização do ensino poderia oferecer, interessante questionar sobre qual seria o objetivo de lançar-se na sociedade um número crescente de jovens formados que dificilmente serão absolvidos pelo mercado. Não são poucos os detentores de algum diploma que buscam trabalhos nos serviços de telemarketing , vendas ou até mesmo disputam vagas para garis, como nesse concurso que ocorreu no RJ. -CLIQUE AQUI -
O que poderia ser apenas reflexo de uma c
rise no mercado de trabalho transpõe os aspectos econômicos, suscitando indagações relacionadas aos propósitos morais da formação educacional da atualidade no sentido de proporcionar o surgimento de sujeitos críticos, responsáveis ou atuantes dentro da sociedade. Não sem razão é crescente o número de universitários envolvidos em crimes ou que reproduzem comportamentos repulsivos como o caso dos três estudantes de medicina expulsos da Faculdade sob acusação de agressão e crime de racismo contra um trabalhador em Barão de Mauá, interior paulista. CLIQUE AQUI
Por todos esses aspectos, importante refletir sobre medidas ou política empreendidas na área da educação e sua real capacidade de promover mudanças que se façam sentir efetivamente. Por enquanto, parece que a educação resume-se a números e gráficos estatísticos onde quantidade substituir qualidade.
LEIA O RESTANTE DA EXCELENTE CRÔNICA DE ELENILSON NASCIMENTO SOBRE AS TRAPALHADAS DO ENEM
A educação esta entregue nas mãos de capitalistas e não educadores. È sempre os objetivos de lucro que imperam e não a formação de pessoas. É triste saber que gerações estão sendo perdidas enquanto muitos ganham com isso.
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