Os ecos entusiastas do paraibano IkaRo MaxX
Um estilo livre, contagiante e original, desapegado de quaisquer normas ou convenções estão presentes nos versos do jovem paraibano, IkaRo MaxX. Poeta performático , Ikaro encena com maestria em suas declamações públicas todo o furor da verve maldita , existentes na essência de sua obra. Em seu universo poético que mescla a rebeldia inteligente proclamadas em tons de lirismo encontram-se abordagens hedonistas, exaltando a liberdade criativa do poeta.
Apesar da pouca idade, 24 anos, esse poeta paraibano já participou de algumas Antologias Poéticas, como Poemas Dispersos da Coleção Literatura Clandestina , em 2006, Poemas de Mil Compassos da Coleção Literatura Clandestina, da Editora Clube de Autores , em 2009. Publicou ,ainda, Manifesto – Lançamento do Niilismo Positivista , em 2002, Canções Anarquistas para Crianças Fora do Século, Um Cristo Cuspido no Espelho do Século , em 2007 e Lê Fantôme de Maldoror, em 2008. Escreve também no blog Dionísio em Pedaços, além de contribuir frequentemente , com participações em outros portais , com textos e poemas a exemplo desse trabalho, Procriação, publicado no Duelos Literários, em 02 de dezembro de 2009.
PROCRIAÇÃO
Por Ikaro Maxx *
a fagulha das penumbras queimam na última hora
deixando escorrer o escárnio daquelas senhoras santas
que sonharam tanto um dia serem
como a virgem Maria
pregada numa imaculada vitrine
enquanto suas saias soltam centelhas
de filhos santos abortados pelos homens
& na margem final das contas
onde os números acumulam cenas
os olhos vermelhos dos casais desconsolados
miram no filho a única iguaria leviana em todo a Eternidade
atrás das paredes batem asas os pensamentos
os talhares dispostos para mais uma ceia
o batom entalhado na face usada de uma mulher de bem
e as velas queimando um último décimo de decência
inalada juntamente aos gases horríveis
da mãe que morre em sua poltrona preferida...
FONTES: Blog Café em Versos e Prosa
Site do Governo do Estado da Paraíba
Revista Muito – Jornal A Tarde
FOTO: Blog Literatura Clandestina
TEXTO: Andréia M. de Oliveira
Ah... finalmente um bom libertino! Muito bom!
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