segunda-feira, 30 de novembro de 2009

MEMORIAS DO HEREGE- PART 1

“E nessa perspectiva, vilões surgem na deterioração dos valores, como representantes natos da amoralidade dessa era...”Por Andréia de Oliveira
“Finalmente mais uma guerra cheia de mentiras acabou...”, são essas as palavras iniciais da apresentação desse livro de capa impactante, cujo nome pode soar como uma blasfêmia aos ouvidos dos mais puritanos. Não sem razão, Elenilson Nascimento, seu autor, expõe inicialmente um destemido e consciente discurso sobre os principais problemas da atualidade, enfatizando as dificuldades de se escrever em um país onde a educação cada vez mais entregue a interesses políticos reproduz crescentemente legiões e mais legiões de seguidores de uma cultura pasteurizada e superficial. Assim, nessa sua proposta de elucidação das verdades não ditas, o escritor remonta-se ao axioma nietzscheziano do aniquilamento das crenças divinas para reportar-se a inoperância de Deus face às barbaridades do mundo.
Dessa maneira, a despeito do título, que de imediato pode está associado a uma coletânea de obscenidade emitidas por um ateu convicto, o autor baiano expõe, ainda na Apresentação da obra, um intrigante diálogo com Deus, a quem lhe atribuiu, a missão de desvelar as faces ocultas da raça humana, por meio do que denomina ser a escrita de “verve maldita”.
Assim como a belíssima ilustração da capa do livro, Elenilson mantém-se como uma espécie de anjo caído, de olhos vendados para os Jardins do Éden, recriando a beleza perdida por meio do lirismo de suas palavras, distancia-se do mito da perfeição divina, aproximando-se, com isso, cada vez mais do universo dos homens. E são muitas as alusões aos atos de um Deus “impiedoso” e “cruel”, tão qual é retratado nas construções do Antigo Testamento, no cerne da constatação de que os homens foram jogados no mundo entregues a sua própria sorte e estão suscetíveis a toda espécie de vilania e discriminação.
MATRIX – Talvez seja um pouco lunático mais extremante plausível estabelecer um elo de ligação entre esse jovem escritor com o herói cibernético Neo, do filme “Matrix”, visualizando-o como uma aberração ou vírus que assola o programa mestre que gerencia nossa realidade e nos conduz aos ditames do senso comum. Como um recém liberto das amarras da caverna nossa de interesses e alienação cotidiano, que tem acesso instantâneo ao universo das verdades ocultas e ainda um pouco tonto com tanta informação, Elenilson passa, dessa forma, sua mensagem de forma bombástica e incendiária.
Muito além do fiel retrato da realidade doentia que cerca os domínios de nossas visões de mundo, propõe-se a libertação de todos os prisioneiros que se encontram acorrentados à escuridão das cavernas, dos templos, dos edifícios, dos lares e da própria sorte. E esse subliminar conclame de emancipação da mente humana ocorre de maneira sutil, irônica e inteligente através de uma linguagem metafórica, subjetiva, através do qual aborda uma temática que pode beirar o absurdo realista para os desatentos, ou simplesmente o realismo sensato para uns poucos que corroboram com a interpretação caótica do mundo.
Interpõe-se, em sua narrativa, alusões aos problemas sociais, a crise educacional, a pedofilia, a corrupção, as traições, as infidelidades amorosas e de outros elementos oculto sob a moral de conveniência dos tempos presentes. E nessa perspectiva, vilões surgem na deterioração dos valores, como representantes natos da amoralidade dessa era, como no caso do pedófilo do conto “O aliciador de Melissas”, representante nato da amoralidade dessa era, enquanto os mocinhos umedecem as nossas vistas secas, sinalizando com esperança a possibilidade de vitória dos excluídos, a exemplo do personagem do conto “O vendedor de picolé que amava Capitu”.Ressoam-se, dessa maneira, os ecos da voz desse “herege compulsivo”, a quem não cabe a denominação do sentido literal da palavra, mas com toda certeza uma abstração alegórica inserida na percepção dos que descortinaram os véus da realidade e permanece assim junto a ela como um observador atento. E, por essas razões, as palavras de Elenilson Nascimento expressam-se aos leitores, como uma espécie de monólogo interativo, onde personagens angustiados e esquizofrênicos ganham vida, subsistindo em universos isolados, não como uma estratégia de fuga, mas sim como um recurso de sobrevivência em mundo caótico por natureza.
Por mais contraditório que possa parecer essa mesma realidade padronizada, por mero decreto, cria e abriga toda uma diversidade de anomalias e deserções que nada mais reflete do que o espelho imperfeito de uma sociedade doentia e disforme. Dentro dessa visão, surge a figura do Sir. João Grandão do conto introdutório do livro, “Todo mundo amplia a paranóia que cria”, um comentarista famoso de televisão que profere seu discurso sensacionalista carregado de colocações antiéticas bem aos moldes da típica programação midiática líder de audiência.
Esse personagem, em especial, que vive em um universo de excentricidades, egocentrismos e pretensões de toda sorte, construído engenhosamente por sua personalidade metódica e neurótica para ocultar as frustrações de uma carreira artística mal sucedida, possui ainda devaneios alucinógenos, autodenominando-se como crítico de arte. Contudo, como tudo nesse homem é verdadeiramente falso e efêmero, Sir. João Grandão, ex-adepto da teoria revolucionária de Stiglitz de combate à globalização dos mercados e admirador da irreverência de Tom Zé, assisti a sua própria degradação às voltas com críticas moralistas por conta de mais uma de suas declarações bombásticas e o ressurgimento de um câncer.
Se esse homem é apenas mais uma aberração atípica desse mundo, obra do acaso ou do destino previamente traçado, não se sabe. Essa é uma reflexão que pode surgir após a leitura desse conto. Em seu estilo provocativo, carregando de abstrações metafóricas e analogias, Elenilson intervém na narrativa com algumas considerações interessantes acerca da caracterização do personagem, bastantes elucidativas. De qualquer forma, não é difícil encontrar tipos semelhantes ao Sir. João Grandão por aí, produzidos e ejetados pela paranoia do sistema social em que vivemos.
É assim, como o mundo padronizado carrega consigo o dom nato da auto contradição, eis que surge um outro personagem, desses lunáticos e enigmáticos, no conto “O homem que se espremia no traje da cor do mundo”.
Miranda, um típico homem, desses fabricado pela futilidade da pós- modernidade, depara-se com a realidade do mundo ante a imagem da cruz estigmatizada do sofrimento de Cristo. Um entre tantos outros que espera pela vinda do filho de Deus como um bálsamo para as dores do mundo, encontra-se só e desprotegido, reagindo a tamanho desamparo com o cinismo, desinteresse e inércia, ante a realidade que o rodeia. Ou seria esse mesmo homem, o Miranda, uma criatura sensível demais para pertencer ao universo das misérias cotidianas que encontrou à perfeição dos reinos dos céus, sozinho e isolado, se refugiando na música harmoniosa de um piano? Essas e outras questões podem ser despertadas, a partir da leitura dessa narrativa, onde se questiona a possibilidade de sobrevivência dos chamados idealistas na sociedade presente. Não sem propósito seria, também, a discussão sobre o possível retorno do Cristo, verdade alimentada pela crença religiosa, nesse mundo de violência, injustiça e superficialidade.
São essas temáticas conflituosas, angustiantes e polêmicas que são abordadas nos dois contos iniciais do livro que parecem surgir como uma contraparte à proliferação dos títulos de auto-ajuda em sua tentativa de criação estilizada do sonho americano da eterna felicidade. Seguindo a linha dos bons ficcionista em suas abordagens psicológicas e sociais, o autor mistura fantasia e realidade, reproduzindo através de seus personagens e histórias, retratos em preto e branco das personalidades que brotam do estado inerente do caos humano. Toda essa caracterização atemporal da condição humana, acrescida dos dramas presente na depreciação dos valores da sociedade contemporânea estão presentes em “Memórias de um Herege Compulsivo”, num livro que reúne 30 contos do escritor baiano Elenilson Nascimento, publicado pela Editora Clube de Autores em setembro de 2009. (“MEMÓRIAS DE UM HEREGE COMPULSIVO”, de Elenilson Nascimento, 303 págs, Rio de Janeiro, 2009 – Clube dos Autores)

>>> CLIQUE AQUI e adquira o livro direto com a editora. AQUI e conheça o blog do livro. E baixe AQUI também o CD “Poemas de Mil Compassos Vol. 1”, com organização de Elenilson Nascimento e vários poemas recitados e muitos bônus tracks.
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sábado, 28 de novembro de 2009

DAN BROWN E A MAÇONARIA

"O símbolo perdido” de Dan Brown promete desvendar os segredos da Maçonaria, despertando a curiosidade de milhares leitores em todo mundo.
Por Andréia de Oliveira

“O símbolo perdido”, novo livro de Dan Brown, lançado nos Estados Unidos, Canadá e Inglaterra em setembro último, chega ao país com a tiragem inicial de 800 mil exemplares. A expectativa é reproduzir no Brasil um novo fenômeno de vendas , já que no primeiro dia de lançamento mundial , o título obteve a marca de 1 milhão de exemplares vendidos.

Escritor polêmico epopular , duramente atacado pela crítica literária , Dan Brown, que teve seu livro, O Código Da Vinci , um campeão em vendagem que já ultrapassou a marca de 70 milhões de exemplares , eleito pelo Jornal britânico de “The Times” como o pior título da década, apresenta nessa nova produção uma continuação da história do professor de simbologia Robert Langdon , em mais uma de suas incansáveis missões de busca pelos segredos ocultos da humanidade. Dessa vez, Lagdon promete desvendar os mistérios da fraternidade maçônica, lançando-se na procura por uma pirâmide que guardariam grandes verdades desconhecidas por todos.

Ao contrário da celeuma causada pelo confronto com os milenares dogmas da Igreja Católica, em "O Código Da Vinci" , " O Símbolo Perdido" não oferece a possibilidade de grandes debates, uma vez que os maçons adotam uma postura libertária e democrática em seus posicionamentos e o próprio Brown já declarou simpatia a organização que esteve presente em importantes acontecimentos da história americana, como a proclamação da independência. Essa intrigante fraternidade, que está estruturada sob a atual configuração desde século XVIII, com a instituição da Franco- Maçonaria é ativa em diversos países do mundo, adotando como princípios o respeito a religião e as tradições e costumes dos locais onde está instalada.

TEMPLO MAÇONICO

De caráter secreto, a fraternidade que só admite em seus quadros, membros do sexo masculino esta firmada sob o selo do silêncio e do sigiloso. Logo não se espera que Brown, desvende grandes mistérios e se ocupe senão da exposição de conteúdos já publicados e abordados na literatura especializada sobre o assunto.

De qualquer forma “ O Símbolo Perdido” , cuja capa traz ,curiosamente, a rosa um dos símbolos da fraternidade dos rosacruzes e não o esquadro e compasso entrelaçados signo da Maçonaria, promete trazer informações importantes para os que desconhecem totalmente o assunto. Certamente uma possível associação entre essas duas fraternidades , que possuem em comum o cunho secreto , tradicional , iniciático e esóterico.

Dessa maneira, o livro gera expectativas de fornecer interessantes elementos introdutórios para os que desejam lançar-se ao estudo das ciências esotéricas , presentes nas sociedades secretas. Para outros leitores ,entretanto, “ O Símbolo Perdido” será somente uma oportunidade de diversão, dado o movimentado enredo , bem aos moldes da teoria da conspiração, com direito a muita aventura e ação.


quinta-feira, 26 de novembro de 2009

O QUE ACONTECERÁ EM 2012?

"Agora as expectativas se voltam para 2012. Sim, eis o próximo fim-do-mundo! Por quê 2012? Por que foi escolhido pelos místicos americanos, oras! Desta vez é o famoso movimento New Age (ou como diria o Cartman, dos “Hippies fedidos”) que profetiza o final dos tempos. Eles se baseiam agora no calendário de Contagem Longa dos maias. Ou melhor, se baseiam num suposto fim do calendário maia"
*por Marcelo Del Debbio

Olá crianças,

Este post foi publicado originalmente no Sedentário, em setembro, mas com a participação no programa Superpop hoje a noite, achei melhor colocar novamente aqui no Blog.

Durante quase todos os períodos históricos, a humanidade sempre está diante de um suposto “Fim dos Tempos”, “Apocalipse”, “Armageddon”, “Ragnarok”, “Bug do Milênio” ou coisa que o valha. Desde que João escreveu seu tratado sobre a Kabbalah (cada um dos 22 capítulos do Livro das revelações fala sobre um dos aspectos de cada Caminho da Árvore da Kabbalah), os religiosos aproveitam a onda do “fim do mundo” para faturar uns trocados nos dízimos e proteções da vida.
Por volta da década de 80, chegou a vez do movimento dos picaretas New Age faturarem uns trocados com a idéia do fim do mundo.
Afinal de contas, o que acontecerá dia 21 do 12 de 2012?

O livro do Apocalipse (chamado também Apocalipse de São João, pelos católicos e ortodoxos, e Apocalipse de João, pelos protestantes, ou ainda Revelação a João) é um livro da Bíblia —o último da seleção “oficial” da galera de Constantino.
A palavra apocalipse, do grego αποκάλυψις (termo primeiramente usado por F. Lücke em 1832) e significa, em grego, “Revelação”. Um “apocalipse”, na terminologia do judaísmo e do cristianismo, é a revelação divina de coisas que até então permaneciam secretas a um profeta escolhido por Deus. Por extensão, passou-se a designar de “apocalipse” aos relatos escritos dessas revelações. Ou seja, NADA de “Fim do Mundo”.
Devido ao fato de, na maioria das bíblias em língua portuguesa se usar o título “Apocalipse” e não “Revelação”, até o significado da palavra ficou todo deturpado, sendo às vezes usado como sinônimo (errôneo) de “fim do mundo”.
Para os cristãos, o livro possui a pré-visão dos últimos acontecimentos antes, durante e após o retorno do Messias de Deus. Alguns Protestantes e Católicos entendem que os acontecimentos previstos no livro já teriam começado. Outros acham que tudo acontecerá ao pé da letra, com direito a dragões de sete cabeças voando pelas cidades turísticas do globo e cristitas sendo abduzidos no meio da rua (“Arrebatamento”).
A literatura apocalíptica tem uma importância considerável na história da tradição judaico-cristã-islâmica, ao veicular crenças como a ressurreição dos mortos, o dia do Juízo Final, o céu, o inferno e outras que são ali referidas de forma mais ou menos explícita. Algumas pessoas defendem que o fato de várias civilizações no mundo terem apresentado narrações apocalípticas sugere que estas têm uma origem comum e ancestral (supostamente revelada ao homem por um ser dotado de inteligência superior, entre outras teorias) que foi sendo deturpada pela transmissão oral. Esta visão assume, por vezes, um carácter ecológico, ao propor que a mensagem do apocalipse se refere à capacidade que o homem civilizado tem para destruir o mundo.
Estão certos em parte. O caráter do texto realmente é Simbólico, mas apenas trata da evolução do Homem em relação ao próprio Interior do Homem. São passagens alquímicas que simbolizam os estágios de aperfeiçoamento do ser humano dentro das sete virtudes, culminando com a derrota de seus próprios demônios internos.

Mas e 2012?
Agora as expectativas se voltam para 2012. Sim, eis o próximo fim-do-mundo! Por quê 2012? Por que foi escolhido pelos místicos americanos, oras! Desta vez é o famoso movimento New Age (ou como diria o Cartman, dos “Hippies fedidos”) que profetiza o final dos tempos. Eles se baseiam agora no calendário de Contagem Longa dos maias. Ou melhor, se baseiam num suposto fim do calendário maia.

Os Calendários Maias
Os maias, a bem da verdade, usavam três calendários diferentes e inter-relacionados, todos organizados como hierarquias de ciclos de dias, com várias durações. A Contagem Longa era o principal calendário para fins históricos. O Haab era o calendário civil, e o Tzolkin, o religioso. Todos os calendários maias são baseados apenas na contagem serial de dias, ou seja, não são calendários sincronizados ao Sol ou à Lua, como o nosso calendário. Apesar disso, tanto a Longa Contagem quanto o Haab contém ciclos de 360 e 365, respectivamente, valores muito próximos do número de dias do ano solar. Por basear-se apenas na contagem dos dias, a Longa Contagem é muito parecida com o sistema de dias julianos e outras representações modernas de datas e tempo. Também é interessante notar que tal calendário conta a partir do zero. Ou seja, mesmo antes dos hindus, os maias foram o primeiro povo a usar o zero.

Vamos organizar uma tabela com os ciclos do calendário Maia:

Kin – Equivale a 1 dia
Uinal – Equivale a 20 Kins (20 dias)
Tun – Equivale a 18 Uinal (360 dias / 1 ano aprox.)
Katun – Equivale a 20 Tun (7.200 dias / 19,7 anos)
Baktun – Equivale a 20 Katun (144.000 dias / 394,3 anos)
Pictun – Equivale a 20 Baktun (2.880.000 dias / 7.885 anos)
Calabtun – Equivale a 20 Pictun (57.600.000 dias / 157.704 anos)
Kinchiltun – Equivale a 20 Calabtun (1.152.000.000 dias / 3.154.071)
Alautun – Equivale a 20 Kinchiltun (23.040.000.000 dias / 63.081.429 anos)

maya

A Longa Contagem é organizada de acordo com a hierarquia de ciclos mostrados acima. Cada ciclo é composto de 20 unidades do ciclo anterior, com exceção do tun, que é composto de 18 uinal de 20 dias cada. Isso resulta num tun de 360 dias, o que é uma boa aproximação com o ano solar, tendo em vista que outros povos antigos, como os romanos, usavam um calendário exclusivamente baseado no ciclo solar, com 360 dias.

Os Maias acreditavam que, ao fim de cada ciclo Pictun, equivalente a 7.885 anos, o universo seria destruído e recriado. Esta é a verdadeira profecia maia. Infelizmente (ou felizmente), este ciclo só acabará em 12 de outubro de 4772.

Por outro lado, 2012 vai ser MESMO um ano de mudança no calendário maia e é nisso que se baseiam as presentes previsões reptilianas. Para os adeptos da teoria dos “maias engenheiros dimensionais do tempo” de plantão, o fim do mundo chegará em 21 de dezembro de 2012. Mas se convertermos esta data para o calendário maia de Longa Contagem, obteremos o seguinte resultado: 13.0.0.0.0. Isso significa que esse será apenas o início do 13º ciclo Baktun. Seria o equivalente ao início do século 13 para os maias, enquanto nós já estamos, de acordo com nossa contagem, no século 21 (o 12º ciclo Baktun começou em 18 de Setembro de 1618). Isso tudo acontece apenas por que são meios diferentes de contar o tempo, que além disso começaram a ser contados em épocas distintas.
Então, da mesma maneira que o mundo não acaba em 31 de Dezembro, o mundo não acabará dia 21/12/2012. Simples assim…

Mas, então, por quê 21 de dezembro de 2012 foi escolhido pelos místicos, esquisotéricos e charlatões? A resposta é simples e óbvia; uma soma de dois fatores:
1) superstição. Como vimos, essa data corresponde a 13.0.0.0.0. O que está acontecendo com o pessoal da New Age é o velho medo do número 13. Só isso.
2) O povo picareta quer ganhar dinheiro. Ninguém ficaria assustado e compraria os livros best-sellers se o “fim do mundo” fosse em 4772… está muito distante…

A única vantagem é que conseguiremos expulsar todos os hippies fedidos malucos das cidades próximas da praia. Nunca mais teremos de ouvir aquelas musiquinhas peruanas no centro da cidade. Eles se refugiarão próximos à região de Brasília e São Thomé das Letras (eu só fico triste pelos meus leitores do Distrito Federal, que terão de agüentar esse povo)…

Como curiosidade, quem quiser calcular sua data de nascimento no calendário Maia pode acessar este site:
http://users.hartwick.edu/hartleyc/mayacalendar/mayacalendar.html

* Marcelo Del Debbio é estudioso de assuntos misticos e esótericos contribuindo com a publicação de trabalhos diversos em sites e blogs especializados, escrevendo no site "Teoria da Conspiração". Recentemente (23/11/09) esteve no Programa Superpop da Rede TV,desmistificando principais tópicos sobre o tema.

* Post originalmente publicado em "Teoria da Conspiração" de 23 de novembro de 2009.

terça-feira, 24 de novembro de 2009

HARRY PORTER E O ENIGMA DO PRINCIPE

"Esse livro foi considerado, por alguns, o mais sombrio da série até agora."
Por Elenilson Nascimento
Em primeiro lugar, esse livro só vai entrar aqui no COMENDO LIVROS* por causa do filme. Acho esse Harry Potter um saco, mas se a escritora J. K. Rowling consegui (com bruxarias ou não) fazer com que as nossas crianças, “aborrecentes” e adultos pegassem os livros para lerem já é um ponto positivo e tem todos os créditos comigo por isso.
“Harry Potter e o Enigma do Príncipe” é o sexto volume da série, foi lançado oficialmente em 2005, porém a editora portuguesa decidiu traduzir o título como “Harry Potter e o Príncipe Misterioso” (*apesar de antes ter pensado adotar o título de “Harry Potter e o Príncipe das Poções”).
Já no Brasil, o título demorou um pouco mais para ser definido. Após a imprensa ter adotado diversos títulos. O livro foi considerado, por alguns, o mais sombrio da série até agora. E, de fato, Rowling declarou que os dois últimos livros eram tão relacionados que pareciam duas metades de uma mesma história.
Nesse volume, traz a história do sexto ano de Harry Potter na escola de magia de Hogwarts. Em meio à batalha entre o bem e o mal, o poder de antagonista Voldemort e seus seguidores está aumentando dia após dia e a luta contra ele não está indo bem. A Ordem da Fênix já sofreu algumas perdas, os gêmeos Weasley ampliam seus negócios, adolescentes lutam e se apaixonam. Além disso, as aulas na escola para bruxos não têm sido fáceis, embora Harry Potter receba ajuda do misterioso príncipe (*no caso, lições retiradas de um livro).
Em Hogwarts, Harry Potter procurará pela verdadeira e completa história do menino que se tornou Voldemort - e assim, descobrirá o que pode ser sua única vulnerabilidade. Já adulto, Voldemort ameaça tanto o mundo dos trouxas (pessoas normais) quanto o mundo dos bruxos, e a escola Hogwarts já não é o local seguro de outrora. E, como não é bobo nem nada, Harry suspeita que o perigo esteja dentro do castelo, mas bruxo-mestre Dumbledore está mais preocupado em preparar o bruxo para a batalha final que se aproxima rapidamente. Juntos, eles trabalham para superar as defesas de Voldemort.
Para isso, Dumbledore recruta o velho amigo e colega professor Horácio Slughorn, um inocente bon vivant com bons contatos no mundo da magia, pois acredita que ele possui informações cruciais. Enquanto isso, os estudantes estão sob ataque de um tipo diferente de inimigo, já que os hormônios adolescentes se espalham pelo castelo. O livro fala também da morte de Dumbledore.
Já o filme “Harry Potter e o Enigma do Príncipe” foi adiado no ano passado, e só entrou nas telas do cinema esse ano e, agora, você já pode baixar aqui no blog. “Harry Potter e o enigma do Príncipe” dá continuidade à saga do jovem bruxo Harry Potter a partir do ponto onde o livro anterior parou: o momento em que fica provado que o poder de Voldemort e dos Comensais da Morte, seus seguidores, cresce mais a cada dia, em meio à batalha entre o bem e o mal.
A onda de terror provocada pelo Lorde das Trevas estaria afetando, até mesmo, o mundo dos trouxas (não-bruxos) e sendo agravada pela ação dos dementadores, criaturas mágicas aterrorizantes que “sugam” a esperança e a felicidade das pessoas. Então,baixe logo o filme em qualidade DVDrip, formato RMVB, áudio em Inglês, legenda em português, tamanho 528 Mb(RMVB):
>>> Parte 1 <<<
>>> Parte 2 <<<
>>> Parte 3 <<<
>>> Parte 4 <<<
>>> Parte 5 <<<
>>> Parte 6 <<<
Mas, se mesmo assim, você ainda quer o livro baixe o “Harry Potter e o Enigma do Príncipe - Vol. 6 - J.K. Rowling”. O livro foi considerado, por alguns, o mais sombrio da série até agora. Esse livro já está disponível em vários sites para download,mas você pode também baixá-lo aqui:
download do filme: Laranja Psicodélica
download do livro: Baixe Aqui Grátis
fotos: divulgação
* PUBLICADO ORIGINALMENTE NO BLOG "COMENDO LIVROS" ESPECIALIZADO EM LITERATURA

O POEMA DUALIDADE NO JORNAL O REBATE


Matéria sobre a poeta Andréia de Oliveira foi publicada recentemente no jornal “O Rebate”, do estado do Rio de Janeiro referente ao prêmio de menção honrosa pela participação no “IV Concurso de Poesia da Academia de Letras do Recôncavo ALER/2009” com o seu poema “Dualidade”.

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

SEGUE A DEFESA DE AHMADINEJAD

Manifestantes favoráveis a Ahmadinejad armam-se da velha retórica de luta contra o imperialismo americano.


Por Andréia de Oliveira

Em seu encontro com o presidente Lula nessa manhã do dia 23, o presidente Ahmadinejad foi recebido por dois grupos distintos de manifestantes que reagiam a favor e contra a presença do líder iraniano. Um homem driblando a segurança do Itamaraty, chegou a invadir a sede do Ministério das Relações Exteriores, distribuindo um manifesto elogiando o presidente iraniano em “sua incansável luta contra o imperialismo dos Estados Unidos, Israel e seus aliados”. *

Enquanto isso o governo brasileiro exibi orgulhoso um possível posto de mediador de conflitos internacionais, o que poderá contribuir para a conquista de um assento permanente no Conselho de Segurança das Organizações das Nações Unidas – ONU. Para os temiam uma possível aliança com o líder iraniano , o governo é incisivo em manifestar sua defesa em torno da existência do estado de Israel e também da criação de um estado palestino.

Assim segue-se a visita de Ahmadinejad ao país, em meio a interesses da política internacional, reacende o conflito ideológico em torno da velha dicotomia Ocidente versus Mundo Árabe, em um desfile de ideias preconceituosas e inconcebíveis. E assim, observamos inertes aqueles que defendem os atos de um ditador sanguinário que persegue violentamente judeus, homossexuais e opositores, em meio às justificativas insanas da luta contra o também autoritário imperialismo americano.

* FONTE: Jornal " A Tarde"

FOTOS: 1 BLOG Maierovicth

2 BLOG Resistência Democrática



O ANTICRISTO NO BRASIL

A visita de Ahmadinejad alimenta as discussões em torno do posicionamento do Brasil diante de um possível conflito no Oriente Médio”

Por Andréia de Oliveira

Sob inúmeros protestos de grupos ativistas dos direitos humanos chega ao Brasil , o presidente iraniano Mahmoud Ahmadinejad, reeleito em uma conturbada eleição em junho de 2009 , sob inúmeros protestos da oposição, repreendidos com violência, diante das acusações de fraudes no processo eleitoral. O novo anticristo, que ocupa o cargo vago deixado por Bush, surpreende o mundo com declarações nazistas embutidas contra os judeus, negando o holocausto e sinalizando um possível confronto contra o estado de Israel, diante das declarações que iria varrer-lo do mapa. Comparado por Shimon Peres, presidente de Israel a Hitler, o presidente iraniano também faz jus ao título internamente, encabeçando um governo autoritário e sanguinário , habituado a condenar a morte por apedrejamento ou enforacamento homossexuais, mulheres e homens adulteras e quaisquer outros que desafiem os preceitos sagrados do Islã.

Sua visita oficial ao país, antes de ser um ato meramente diplomático , transforma-se assim em um palanque aberto para manifestações ideológicas e discussões acerca da participação brasileira no cenário da política internacional. Mahmoud Ahmadinejad , que já conta com a simpatia do líder venezuelano Hugo Chávez, desembarca no Brasil, semanas antes do presidente israelense, Shimon Peres, que manifestou em diversas declarações estar preocupado com os rumos da paz mundial diante do acirramento dos confrontos entre o Irã e Israel. Para muitos, então, a vinda de Ahmadinejad ao país, seria um tentativa de aproximação com o presidente Lula, que declarou recentemente estar feliz em receber o presidente iraniano, demonstrando satisfação em contribuir para possíveis acordo de paz no Oriente Médio.

O presidente brasileiro, na ocasião dos protestos de líderes mundiais contra a violência do processo eleitoral iraniano, entre eles Sarkozy da França que assinou nota oficial condenando às restrições às liberdades individuais e de imprensa, declarou apoio ao líder iraniano, alegando que “ quem perde protesta” , festejando sua eleição ao lado de Hugo Chávez , e os dos grupos terroristas Hamas e Hezbollah. * Resta assim, a pergunta, embora o governo brasileiro declare neutralidade em relação à política internacional, qual seria o possível lado do país, diante de um eventual confronto no Oriente Médio? Enquanto isso, nós cidadãos comuns, assistirmos a visita de um ditador recebido com tons de boas vindas oficiais em um estado democrático , com a nítida certeza de interesses comerciais e políticos sempre se sobrepõem a defesa dos direitos humanos.

PROTESTO NO RIO DE JANEIRO



*FONTE: JORNAL O GLOBO
FOTOS: LITERATURA CLANDESTINA


domingo, 22 de novembro de 2009

2012:LENDA OU REALIDADE


"Recentes pesquisas científicas comprovariam as predições do filme 2002"

Por Andréia de Oliveira


O filme do diretor Roland Emmerich, que já dirigiu Independence Day e o Dia Depois de Amanhã, bem ao gosto do cinema catástrofe , traz de novo à cena as discussões sobre o fim dos tempos ,bastante popular nos dias de hoje ,desde de que a profecias de Nostradamus sobre o final da história da humanidade, que ganhou a grande mídia em 1999. Assim, envolto nesse clima apocalíptico chegou as telonas, 2012, uma superprodução que custou US$ 200 milhões , com efeitos especiais incríveis que mostra , a destruição das principais cidades do mundo, entre elas o Rio de Janeiro, que tem o monumento do Cristo engolido pelas forças das águas, provocada por tsunamis.

As previsões sobre o fim das eras estão presente nos textos sagrados de todas as grandes religiões, como o Cristianismo, o Hinduísmo , o Budismo, o Islamismo e o judaísmo escritas em linguagem simbólica e enigmática profetizam ou que seria o dia do juízo final. As predições dos maias, entretanto, tema de fundo de construção do enredo do 2012 , são baseadas em um objetivo calendário que predizem fatos e eventos, sinalizando como data final o dia 21 de dezembro de 2012.

As previsões sobre o fim das eras estão presente nos textos sagrados de todas as grandes religiões, como o Cristianismo, o Hinduísmo , o Budismo, o Islamismo e o judaísmo escritas em linguagem simbólica e enigmática profetizam ou que seria o dia do juízo final. As predições dos maias, entretanto, tema de fundo de construção do enredo do 2012 , são baseadas em um objetivo calendário que predizem fatos e eventos, sinalizando como data final o dia 21 de dezembro de 2012.

Essa misteriosa civilização que floresceu na América Central há mais de 2.000 anos antes da Era Cristã, destruída pela chegada dos espanhóis no século XV, possuía um complexo sistema social, político, científico e artístico, sendo objeto de estudos de pesquisadores da atualidade diante de seu inegável avanço ante as sociedades da época pré-colombiana. Entre as sete profecias, escritas há séculos atrás, duas em especial fazem alusões aos problemas ambientais dos dias atuais como o superaquecimento global, derretimento das calotas polares ou aumento das radiações solares, que comprometem o equilibro do ecossistema e a sobrevivência futura da espécie humana no planeta.

Embora tais previsões careçam de maiores fundamentais aos olhos da ciência cartesiana o fato é que algumas publicações de origem científica , apresentam resultados de estudos que corroboram com o enunciado dos maias acerca das grandes catástrofes naturais responsáveis pelo fim da vida no planeta . O livro “Apocalipse 2012: as Provas Científicas Sobre O Fim Da Nossa Civilização” de Joseph E. Lawrence revela o aumento da atividade e radiação solar , o rompimento do campo magnético da terra, em um cenário capaz de provocar grandes explosões solares , a ponto de reverter os eixos da terra , ocasionado grandes terremotos e inundações, deixando aos sobreviventes uma atmosfera típica de uma guerra nuclear.

Recentemente uma publicação semelhante, que circulou bastante na internet em e-mails e sites especializados, de Jonathan Leake do Jornal inglês “The Sunday Times” apresentou os dados colhidos do satélite dinarmaquês Orsted que verificaram falhas no campo magnético da terra situados sobre o Sul do Atlântico e do Ártico como se estivesse sendo preparando uma possível inversão dos pólos norte e sul. O estudo afirma ainda, que o núcleo da terra, responsável pelo equilibro do campo magnético, estaria passando por transformações intensas, que anteveria uma provável mudança dos eixos magnéticos, como afirma o Centro para a Ciência Planetária da Dinamarca.

Pesquisa do geólogo norte-americano Greg Braden, um dos maiores estudiosos do assunto, autor do livro Awakening to Zero Point (Despertando para o Ponto Zero – ainda não traduzido para o português) vai mais longe ao levantar a hipótese do ponto zero, como se a terra estivesse perdendo a velocidade de sua rotação, até atingi a velocidade zero. Segundo o geólogo norte – americano , a terra que estaria atravessando um cinturão de fótons, perderia gradativamente a sua rotação, ficando estacionada por dois ou três dias , provocando a trocar da direção dos pólos, até que o planeta volte a girar no sentido contrário.

Embora a ciência oficial não assine embaixo das teorias de Braden, a hipótese da troca de posição dos pólos é uma teoria aceitável , uma vez que o próprio sol, a terra e outros corpos do universos estaria sujeitos a esse processo em ciclos determinados de ano, havendo assim indícios de que o planeta já passou por tal situação. Entretanto para Nivaor Rigozo, pesquisador do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) não há possibilidade dessa inversão acontecer no prazo de dois anos, como preconiza os adventos do Calendário Maia e os teóricos do Ponto Zero.

E assim para os que acreditam ou não acreditam nas previsões apocalípticas de 2012 só resta esperar para que se concretizem ou não. Enquanto isso, assistam 2012, uma obra de ficção ou não ficção, capaz de lançar profundos questionamentos quanto a possibilidade de extinção da raça humana, ameaçada pelo desrespeito mútuos entre seus semelhantes e pela exploração irresponsável do meio ambiente.