sábado, 10 de outubro de 2009

OS ECOS PROFÉTICOS DE “MIL COMPASSOS”.



“ Ainda acho que haja a necessidade de ter uma letra com força – quando ela vier doce feito poesia, leve como água fria, seca de palavras ocas e nua como alma acaricia nessa balada de informação e de contravenção que vem rápida e vai mais retumbante.......” (Elenilson Nascimento, Baladas Suspiros no Cárcere de insights)                              * Por Andréia de Oliveira  


Há quem diga que a poesia nasça dos arrogos dos  apaixonados de primeira viagem ou dos suspiros platônicos dos desiludidos de outrotora. Eu diria que é tudo e muito mais que isso. Dos acordes dissonante da melodiosa harmonia presente nas sete notas musicais da escala dos “Poemas de Mil Compassos”, ela manda seu recado.
Assim como a filosofia busca a essência da exatidão das formas matemáticas, a poesia resgata a idéia dos caos inerte, desvelando aquilo que as palavras não dizem. E elas brotam assim, mesmo em meio a emergência da trivialidade moderna, no gozo alucinado do poeta, imprimindo a ordem maior do desejo manifesto.
É imperiosa e relevante a necessidade da vivência poética , em tempos da era da linguagem cibernética, que ,vez por outra, insiste em decretar o fim da literatura. E a poesia, esse exercício sublime de transcendência das limitações humana mais do que devaneios de lunáticos enamorados , traduz um estado supremo de libertação das alcovas da mente.
Sim, porque a capacidade de enxergar além da realidade estampada nos noticiários diários e nos reflexos dos espelhos dos lares é o único caminho para a descoberta das nossas próprias chagas. A verdadeira maiêutica no parto preciso da idéia, da análise, da reflexão, da crítica e quiçá da libertação.

Acredito, por mais utópico que possa parecer que todo poeta carrega em si , o gérmen disseminador do questionamento, da mudança, da revolução, mesmo que em estado alterado de inconsciência. O que dizer então dessa nossa Antologia Poética , lançada no olho do furação da nossa agora quase estrutural crise política , econômica, moral e educacional, assistindo infame ao fim do projeto do próprio homem?  Não há respostas apenas o nosso franco gemido poético que se dispersa entre os nossos caros leitores.








FOTOS:
 1 - LIVRO POEMAS DE MIL COMPASSOS
 2- NOTA EM JORNAL DE MINAS GERAIS
 3 - PORTAL LITERÁRIO SKOOB 
4- LAZARO RAMOS , PAULO JOSE COM O POEMAS DE MIL COMPASSOS NA BIENAL INTERNANCIONAL DO LIVRO / 2009 
5 - A CANTORA FERNANDA TAKAI 
6 - O CANTOR, ATOR E POETA FERNANDO DIAMANTINO 
7- O LEITOR FLÁVIO BORGES, MEMBRO DA ORDEM ROSACRUZ 
8- O ARTISTA PLÁSTICO E ESCRITOR MARCUS BABY    
         



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