sábado, 12 de dezembro de 2009

MARIGHELLA, 40 ANOS DEPOIS

"Após 40 anos de morte do líder guerrilheiro , exposição no Teatro Castro Alves , em Salvador, homenageia o baiano, símbolo da luta contra a ditadura militar no país".
Por Andréia de Oliveira

Lembranças a respeito de Carlos Marighella estão vivas em documentos, textos, cartas e imagens que retratam a trajetória do guerrilheiro baiano, em exibição no foyer do Teatro Castro Alves em Salvador , com entrada franca, de terça-feira a domingo, no horário das 13h às 18h até o dia 24 de janeiro de 2010. * O líder da Ação Libertadora Nacional (ALN), grupo criado em 1968 com tendências comunistas e revolucionárias, , notabilizou-se no final da década de 60 pela resistência armada à ditadura militar instalada no Brasil em 1964.

Nascido em Salvador no dia 05 de novembro de 1911, filho um emigrante italiano e de uma descendente de escravos, Marighella, ainda estudante de Engenharia da Escola Politécnica da Bahia destaca-se pela ação política, sendo preso pela a primeira vez em 1932, quando escreveu um poema com críticas ao governo de Juracy Magalhães. Na década de 30 é preso novamente, perseguido pela ditadura de Vargas, é beneficiado pelo processo de redemocratização do país em 1945, elegendo-se deputado federal pelo PCB em 1946. Com a extinção do partido em 1948, tem o seu mandato cassado, passando a atuar na clandestinidade redigindo importantes documentos como “ Algumas questões sobre a guerrilha no Brasil “ e “ A crise Brasileira” , onde faz críticas a atuação do PCB na política, que estaria segundo ele, apoiada no comodismo e não no processo de lutas das classes operárias.

Expulso do Partido em 1967, Marighela participa ativamente da organização da guerrilha no país, tendo a ALN empreendido em conjunto, com o Movimento Revolucionário 8 de outubro (MR -8) o sequestro do embaixador norte – americano no país Charles Burke Elbrick em setembro de 1969, uma ação que objetivava a libertação de presos políticos do governo militar.Em novembro de 1969, Mariglella foi morto a tiros em uma emboscada preparada pela polícia da repreensão no centro de São Paulo.

Revolucionário extremo e atuante nas lutas populares, Carlos Marighella também era poeta, tendo o livro ,” Rondó da Liberdade “ publicado em 1994. Seus versos são carregados de temáticas políticas e sociais, exortando a liberdade humana: “ O homem deve ser livre…O amor é que não se detém ante nenhum obstáculo, e pode mesmo existir até quando não se é livre. E no entanto ele é em si mesmo a expressão mais elevada do que houver de mais livre em todas as gamas do humano sentimento”. (Carlos Marighella)

E assim, esse líder revolucionário, de personalidade polêmica, desperta paixões e ódios , sendo cultuado pela esquerda e combatido pelos anticomunistas , em função de sua possível associação com os regimes autoritários de Cuba e antiga União Soviética. Mas a despeito de qualquer postura partidária ou ideológica Marighella foi um personagem histórico importante, sendo peça chave na luta contra um governo ditatorial que perseguia, torturava e matava seus opositores e cerceava a livre manifestação e opinião. Vale a pena assim conferir essa homenagem a vida e trajetória de Marighella, e em exposição no Teatro Castro Alves. Certamente uma excelente aula dsobre a história recente do nosso país.

* Fonte : Rádio Metrópole

Fotos: Fundação Lauro Campos

Vermelho Org

FASCINIO POR LIVROS E POESIAS

"Considero a poesia como o meio onde a liberdade humana pode se expressar , através de versos que revelam emoções e sentimentos contidos pela dureza do cotidiano".

Por Flávio Borges *

Sempre tive os livros como bons conselheiros e excelentes companheiros das horas de solidão. Mais do que entretenimento ou diversão eles representam o acesso às diversas modalidades do conhecimento, aos comportamentos, as faces, gostos e rostos humanos. Impossível não se deixar fascinar com esse símbolo máximo do pensamento traduzido em palavras capazes de nos transportar a diversos lugares, a estados de consciências sublimes, fazendo com que possamos enxergar muito mais do que a realidade aparenta.

Assim, em um país dos analfabetos funcionais e culturais, como o nosso, onde existe o desinteresse pela literatura, é com muito prazer que vejo o lançamento de livros como a Antologia Poética “Poemas de Mil Compassos “ da Editora Clube de Autores, lançando em agosto de 2009. Nele é possível encontrar diferentes formas de se fazer poesia , diferentes estilos e variedades de temas que levam ao encantamento e ao prazer de uma leitura livre e descompromissada.

Considero a poesia como o meio onde a liberdade humana pode se expressar , através de versos que revelam emoções e sentimentos contidos pela dureza do cotidiano. È uma linguagem da alma, que se encontra oculta pela banalidade e limitações da matéria física que nos acorrentar a essa realidade brutal em que vivemos.

Quisera todos pudessem contemplar ao menos uma vez na vida os prazeres dores e angústias de se fazer poesia nesse nosso mundo de amarguras e desencantos. Quisera ainda pudessem ter a alegria de sentir o clamor indignado dos inconformados, a voz silenciosa da alma e o deleite das coisas simples do dia a dia, como eu descobri através da leitura desse maravilhoso livro de poesias.

*Flavio Borges é comerciante , músico e membro da Ordem Rosacruz, onde já desempenhou diversos cargos e funções. Como cantor participou de importantes bandas de metal do underground baiano da década de 90 , como Zona Abissal, em 1993 e Horseman-Light. Atualmente está trabalhando no projeto de lançamento de uma banda de metal melódico, a AMRÁ em Salvador.

sábado, 5 de dezembro de 2009

O SEGREDO DA MAÇONARIA


Embalado pelo sucesso estrondoso do best seller ” O Símbolo Perdido” de Dan Brown, cresce o interesse do grande público pelas sociedades secretas.

Por Andréia de Oliveira

Muitos adeptos da teoria da conspiração podem encontrar no best seller de Dan Brown, “ O Símbolo Perdido” , revelações valorosas para o desvendamento dos segredos ocultos da Maçonaria, fraternidade que por estar tradicionalmente estruturada sob o signo do sigilo e silêncio sempre foi alvo de diversas especulações a respeito de suas possíveis práticas espúrias, maléficas ou satânicas. Dessa vez os holofotes se voltam para a formação de uma Nova Ordem Mundial – NOM - , formado pela instituição de um governo único mundial , através de políticas financeiras globalizadas , controle social e propagação da cultura do medo, por meio de grupos ou sociedades secretas poderosas, as quais figuraria a Maçonaria, dado a sua grande influência e participação em importantes episódios da história mundial moderna, notadamente a independência americana e a própria consolidação dos Estados Unidos da América.

De fato a presença da Maçonaria na história mundial moderna é algo recorrente , notado inclusive no Brasil através da independência e a proclamação da república, feitos estes, de ilustres maçons como Dom Pedro I e Marechal Deodoro da Fonseca. Contudo, não há indícios ou subsídios suficientes para se afirmar que essa participação seja obra de um grande complô orquestrado por um algum comando oculto, sendo evidente somente a ação de mentes libertárias , sintonizadas com demandas sociais, que idealizaram e realizaram as mudanças necessárias em determinados momentos da história.

E assim, se existe poder na Maçonaria, este se ampara, certamente, no conhecimento, legado de uma tradição secular de filosofia e prática do auto- conhecimento da condição humana, cuja origens remontam as Escolas de Mistério do Antigo Egito, ampliando-se pela herança judaico, em suas alusões à construção do Templo de Salomão e pela influência da Ordem dos Cavalheiros Templários da Idade Média. Atualmente organizada sob a égide da Francomaçonaria , desde do século XVIII, a fraternidade possui cunho especulativo e filosófico, mantendo contudo, o ideal dos “pedreiros” tradução do inglês “mason” e do francês “maçon”, das corporações de ofícios da idade média, detentores do segredo das construções de pedra , de suntuosas catedrais e palácios , que também se devotavam a lapidação da pedra bruta da essência humana , com a qual construíam o templo interior .

Dessa maneira pelo seu cunho visivelmente esotérico, a fraternidade sempre se pautou pelo sigilo e silêncio, como não poderia deixar de ser em épocas de trevas da ignorância humana, sobretudo na Idade Média quando a sociedade baseada no poder religioso perseguia e rejeitava qualquer conhecimento que desafiasse os dogmas católicos. E agora em pleno século XXI, mesmo a despeito da pretensa liberdade e diversidade de credos e ideologias da Maçonaria incorpora o caráter secreto como parte de uma tradição, que preserva um legado solidamente construído durante séculos.

Por isso mesmo, quaisquer tentativas de tornar público o segredo da Maçonaria perde-se em divagações superficiais , incompletas e sensacionalistas, embutidas que são do mais puro espírito conspiratórios, ou ainda, levando-se em conta o talento e senso de oportunidade de alguns é capaz de produzir interessantes enredos de ficção como no caso de “ O Símbolo Perdido “ de Dan Brown. Contudo, o mistério esse sim parece ficar submerso aos olhos da razão humana, afinal como dizia Fernando Pessoa, grande poeta lusitano, que ficou celebre também pela defesa da Maçonaria durante a ditadura de Salazar :Não procures nem creias: tudo é oculto “.

segunda-feira, 30 de novembro de 2009

MEMORIAS DO HEREGE- PART 1

“E nessa perspectiva, vilões surgem na deterioração dos valores, como representantes natos da amoralidade dessa era...”Por Andréia de Oliveira
“Finalmente mais uma guerra cheia de mentiras acabou...”, são essas as palavras iniciais da apresentação desse livro de capa impactante, cujo nome pode soar como uma blasfêmia aos ouvidos dos mais puritanos. Não sem razão, Elenilson Nascimento, seu autor, expõe inicialmente um destemido e consciente discurso sobre os principais problemas da atualidade, enfatizando as dificuldades de se escrever em um país onde a educação cada vez mais entregue a interesses políticos reproduz crescentemente legiões e mais legiões de seguidores de uma cultura pasteurizada e superficial. Assim, nessa sua proposta de elucidação das verdades não ditas, o escritor remonta-se ao axioma nietzscheziano do aniquilamento das crenças divinas para reportar-se a inoperância de Deus face às barbaridades do mundo.
Dessa maneira, a despeito do título, que de imediato pode está associado a uma coletânea de obscenidade emitidas por um ateu convicto, o autor baiano expõe, ainda na Apresentação da obra, um intrigante diálogo com Deus, a quem lhe atribuiu, a missão de desvelar as faces ocultas da raça humana, por meio do que denomina ser a escrita de “verve maldita”.
Assim como a belíssima ilustração da capa do livro, Elenilson mantém-se como uma espécie de anjo caído, de olhos vendados para os Jardins do Éden, recriando a beleza perdida por meio do lirismo de suas palavras, distancia-se do mito da perfeição divina, aproximando-se, com isso, cada vez mais do universo dos homens. E são muitas as alusões aos atos de um Deus “impiedoso” e “cruel”, tão qual é retratado nas construções do Antigo Testamento, no cerne da constatação de que os homens foram jogados no mundo entregues a sua própria sorte e estão suscetíveis a toda espécie de vilania e discriminação.
MATRIX – Talvez seja um pouco lunático mais extremante plausível estabelecer um elo de ligação entre esse jovem escritor com o herói cibernético Neo, do filme “Matrix”, visualizando-o como uma aberração ou vírus que assola o programa mestre que gerencia nossa realidade e nos conduz aos ditames do senso comum. Como um recém liberto das amarras da caverna nossa de interesses e alienação cotidiano, que tem acesso instantâneo ao universo das verdades ocultas e ainda um pouco tonto com tanta informação, Elenilson passa, dessa forma, sua mensagem de forma bombástica e incendiária.
Muito além do fiel retrato da realidade doentia que cerca os domínios de nossas visões de mundo, propõe-se a libertação de todos os prisioneiros que se encontram acorrentados à escuridão das cavernas, dos templos, dos edifícios, dos lares e da própria sorte. E esse subliminar conclame de emancipação da mente humana ocorre de maneira sutil, irônica e inteligente através de uma linguagem metafórica, subjetiva, através do qual aborda uma temática que pode beirar o absurdo realista para os desatentos, ou simplesmente o realismo sensato para uns poucos que corroboram com a interpretação caótica do mundo.
Interpõe-se, em sua narrativa, alusões aos problemas sociais, a crise educacional, a pedofilia, a corrupção, as traições, as infidelidades amorosas e de outros elementos oculto sob a moral de conveniência dos tempos presentes. E nessa perspectiva, vilões surgem na deterioração dos valores, como representantes natos da amoralidade dessa era, como no caso do pedófilo do conto “O aliciador de Melissas”, representante nato da amoralidade dessa era, enquanto os mocinhos umedecem as nossas vistas secas, sinalizando com esperança a possibilidade de vitória dos excluídos, a exemplo do personagem do conto “O vendedor de picolé que amava Capitu”.Ressoam-se, dessa maneira, os ecos da voz desse “herege compulsivo”, a quem não cabe a denominação do sentido literal da palavra, mas com toda certeza uma abstração alegórica inserida na percepção dos que descortinaram os véus da realidade e permanece assim junto a ela como um observador atento. E, por essas razões, as palavras de Elenilson Nascimento expressam-se aos leitores, como uma espécie de monólogo interativo, onde personagens angustiados e esquizofrênicos ganham vida, subsistindo em universos isolados, não como uma estratégia de fuga, mas sim como um recurso de sobrevivência em mundo caótico por natureza.
Por mais contraditório que possa parecer essa mesma realidade padronizada, por mero decreto, cria e abriga toda uma diversidade de anomalias e deserções que nada mais reflete do que o espelho imperfeito de uma sociedade doentia e disforme. Dentro dessa visão, surge a figura do Sir. João Grandão do conto introdutório do livro, “Todo mundo amplia a paranóia que cria”, um comentarista famoso de televisão que profere seu discurso sensacionalista carregado de colocações antiéticas bem aos moldes da típica programação midiática líder de audiência.
Esse personagem, em especial, que vive em um universo de excentricidades, egocentrismos e pretensões de toda sorte, construído engenhosamente por sua personalidade metódica e neurótica para ocultar as frustrações de uma carreira artística mal sucedida, possui ainda devaneios alucinógenos, autodenominando-se como crítico de arte. Contudo, como tudo nesse homem é verdadeiramente falso e efêmero, Sir. João Grandão, ex-adepto da teoria revolucionária de Stiglitz de combate à globalização dos mercados e admirador da irreverência de Tom Zé, assisti a sua própria degradação às voltas com críticas moralistas por conta de mais uma de suas declarações bombásticas e o ressurgimento de um câncer.
Se esse homem é apenas mais uma aberração atípica desse mundo, obra do acaso ou do destino previamente traçado, não se sabe. Essa é uma reflexão que pode surgir após a leitura desse conto. Em seu estilo provocativo, carregando de abstrações metafóricas e analogias, Elenilson intervém na narrativa com algumas considerações interessantes acerca da caracterização do personagem, bastantes elucidativas. De qualquer forma, não é difícil encontrar tipos semelhantes ao Sir. João Grandão por aí, produzidos e ejetados pela paranoia do sistema social em que vivemos.
É assim, como o mundo padronizado carrega consigo o dom nato da auto contradição, eis que surge um outro personagem, desses lunáticos e enigmáticos, no conto “O homem que se espremia no traje da cor do mundo”.
Miranda, um típico homem, desses fabricado pela futilidade da pós- modernidade, depara-se com a realidade do mundo ante a imagem da cruz estigmatizada do sofrimento de Cristo. Um entre tantos outros que espera pela vinda do filho de Deus como um bálsamo para as dores do mundo, encontra-se só e desprotegido, reagindo a tamanho desamparo com o cinismo, desinteresse e inércia, ante a realidade que o rodeia. Ou seria esse mesmo homem, o Miranda, uma criatura sensível demais para pertencer ao universo das misérias cotidianas que encontrou à perfeição dos reinos dos céus, sozinho e isolado, se refugiando na música harmoniosa de um piano? Essas e outras questões podem ser despertadas, a partir da leitura dessa narrativa, onde se questiona a possibilidade de sobrevivência dos chamados idealistas na sociedade presente. Não sem propósito seria, também, a discussão sobre o possível retorno do Cristo, verdade alimentada pela crença religiosa, nesse mundo de violência, injustiça e superficialidade.
São essas temáticas conflituosas, angustiantes e polêmicas que são abordadas nos dois contos iniciais do livro que parecem surgir como uma contraparte à proliferação dos títulos de auto-ajuda em sua tentativa de criação estilizada do sonho americano da eterna felicidade. Seguindo a linha dos bons ficcionista em suas abordagens psicológicas e sociais, o autor mistura fantasia e realidade, reproduzindo através de seus personagens e histórias, retratos em preto e branco das personalidades que brotam do estado inerente do caos humano. Toda essa caracterização atemporal da condição humana, acrescida dos dramas presente na depreciação dos valores da sociedade contemporânea estão presentes em “Memórias de um Herege Compulsivo”, num livro que reúne 30 contos do escritor baiano Elenilson Nascimento, publicado pela Editora Clube de Autores em setembro de 2009. (“MEMÓRIAS DE UM HEREGE COMPULSIVO”, de Elenilson Nascimento, 303 págs, Rio de Janeiro, 2009 – Clube dos Autores)

>>> CLIQUE AQUI e adquira o livro direto com a editora. AQUI e conheça o blog do livro. E baixe AQUI também o CD “Poemas de Mil Compassos Vol. 1”, com organização de Elenilson Nascimento e vários poemas recitados e muitos bônus tracks.
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sábado, 28 de novembro de 2009

DAN BROWN E A MAÇONARIA

"O símbolo perdido” de Dan Brown promete desvendar os segredos da Maçonaria, despertando a curiosidade de milhares leitores em todo mundo.
Por Andréia de Oliveira

“O símbolo perdido”, novo livro de Dan Brown, lançado nos Estados Unidos, Canadá e Inglaterra em setembro último, chega ao país com a tiragem inicial de 800 mil exemplares. A expectativa é reproduzir no Brasil um novo fenômeno de vendas , já que no primeiro dia de lançamento mundial , o título obteve a marca de 1 milhão de exemplares vendidos.

Escritor polêmico epopular , duramente atacado pela crítica literária , Dan Brown, que teve seu livro, O Código Da Vinci , um campeão em vendagem que já ultrapassou a marca de 70 milhões de exemplares , eleito pelo Jornal britânico de “The Times” como o pior título da década, apresenta nessa nova produção uma continuação da história do professor de simbologia Robert Langdon , em mais uma de suas incansáveis missões de busca pelos segredos ocultos da humanidade. Dessa vez, Lagdon promete desvendar os mistérios da fraternidade maçônica, lançando-se na procura por uma pirâmide que guardariam grandes verdades desconhecidas por todos.

Ao contrário da celeuma causada pelo confronto com os milenares dogmas da Igreja Católica, em "O Código Da Vinci" , " O Símbolo Perdido" não oferece a possibilidade de grandes debates, uma vez que os maçons adotam uma postura libertária e democrática em seus posicionamentos e o próprio Brown já declarou simpatia a organização que esteve presente em importantes acontecimentos da história americana, como a proclamação da independência. Essa intrigante fraternidade, que está estruturada sob a atual configuração desde século XVIII, com a instituição da Franco- Maçonaria é ativa em diversos países do mundo, adotando como princípios o respeito a religião e as tradições e costumes dos locais onde está instalada.

TEMPLO MAÇONICO

De caráter secreto, a fraternidade que só admite em seus quadros, membros do sexo masculino esta firmada sob o selo do silêncio e do sigiloso. Logo não se espera que Brown, desvende grandes mistérios e se ocupe senão da exposição de conteúdos já publicados e abordados na literatura especializada sobre o assunto.

De qualquer forma “ O Símbolo Perdido” , cuja capa traz ,curiosamente, a rosa um dos símbolos da fraternidade dos rosacruzes e não o esquadro e compasso entrelaçados signo da Maçonaria, promete trazer informações importantes para os que desconhecem totalmente o assunto. Certamente uma possível associação entre essas duas fraternidades , que possuem em comum o cunho secreto , tradicional , iniciático e esóterico.

Dessa maneira, o livro gera expectativas de fornecer interessantes elementos introdutórios para os que desejam lançar-se ao estudo das ciências esotéricas , presentes nas sociedades secretas. Para outros leitores ,entretanto, “ O Símbolo Perdido” será somente uma oportunidade de diversão, dado o movimentado enredo , bem aos moldes da teoria da conspiração, com direito a muita aventura e ação.


quinta-feira, 26 de novembro de 2009

O QUE ACONTECERÁ EM 2012?

"Agora as expectativas se voltam para 2012. Sim, eis o próximo fim-do-mundo! Por quê 2012? Por que foi escolhido pelos místicos americanos, oras! Desta vez é o famoso movimento New Age (ou como diria o Cartman, dos “Hippies fedidos”) que profetiza o final dos tempos. Eles se baseiam agora no calendário de Contagem Longa dos maias. Ou melhor, se baseiam num suposto fim do calendário maia"
*por Marcelo Del Debbio

Olá crianças,

Este post foi publicado originalmente no Sedentário, em setembro, mas com a participação no programa Superpop hoje a noite, achei melhor colocar novamente aqui no Blog.

Durante quase todos os períodos históricos, a humanidade sempre está diante de um suposto “Fim dos Tempos”, “Apocalipse”, “Armageddon”, “Ragnarok”, “Bug do Milênio” ou coisa que o valha. Desde que João escreveu seu tratado sobre a Kabbalah (cada um dos 22 capítulos do Livro das revelações fala sobre um dos aspectos de cada Caminho da Árvore da Kabbalah), os religiosos aproveitam a onda do “fim do mundo” para faturar uns trocados nos dízimos e proteções da vida.
Por volta da década de 80, chegou a vez do movimento dos picaretas New Age faturarem uns trocados com a idéia do fim do mundo.
Afinal de contas, o que acontecerá dia 21 do 12 de 2012?

O livro do Apocalipse (chamado também Apocalipse de São João, pelos católicos e ortodoxos, e Apocalipse de João, pelos protestantes, ou ainda Revelação a João) é um livro da Bíblia —o último da seleção “oficial” da galera de Constantino.
A palavra apocalipse, do grego αποκάλυψις (termo primeiramente usado por F. Lücke em 1832) e significa, em grego, “Revelação”. Um “apocalipse”, na terminologia do judaísmo e do cristianismo, é a revelação divina de coisas que até então permaneciam secretas a um profeta escolhido por Deus. Por extensão, passou-se a designar de “apocalipse” aos relatos escritos dessas revelações. Ou seja, NADA de “Fim do Mundo”.
Devido ao fato de, na maioria das bíblias em língua portuguesa se usar o título “Apocalipse” e não “Revelação”, até o significado da palavra ficou todo deturpado, sendo às vezes usado como sinônimo (errôneo) de “fim do mundo”.
Para os cristãos, o livro possui a pré-visão dos últimos acontecimentos antes, durante e após o retorno do Messias de Deus. Alguns Protestantes e Católicos entendem que os acontecimentos previstos no livro já teriam começado. Outros acham que tudo acontecerá ao pé da letra, com direito a dragões de sete cabeças voando pelas cidades turísticas do globo e cristitas sendo abduzidos no meio da rua (“Arrebatamento”).
A literatura apocalíptica tem uma importância considerável na história da tradição judaico-cristã-islâmica, ao veicular crenças como a ressurreição dos mortos, o dia do Juízo Final, o céu, o inferno e outras que são ali referidas de forma mais ou menos explícita. Algumas pessoas defendem que o fato de várias civilizações no mundo terem apresentado narrações apocalípticas sugere que estas têm uma origem comum e ancestral (supostamente revelada ao homem por um ser dotado de inteligência superior, entre outras teorias) que foi sendo deturpada pela transmissão oral. Esta visão assume, por vezes, um carácter ecológico, ao propor que a mensagem do apocalipse se refere à capacidade que o homem civilizado tem para destruir o mundo.
Estão certos em parte. O caráter do texto realmente é Simbólico, mas apenas trata da evolução do Homem em relação ao próprio Interior do Homem. São passagens alquímicas que simbolizam os estágios de aperfeiçoamento do ser humano dentro das sete virtudes, culminando com a derrota de seus próprios demônios internos.

Mas e 2012?
Agora as expectativas se voltam para 2012. Sim, eis o próximo fim-do-mundo! Por quê 2012? Por que foi escolhido pelos místicos americanos, oras! Desta vez é o famoso movimento New Age (ou como diria o Cartman, dos “Hippies fedidos”) que profetiza o final dos tempos. Eles se baseiam agora no calendário de Contagem Longa dos maias. Ou melhor, se baseiam num suposto fim do calendário maia.

Os Calendários Maias
Os maias, a bem da verdade, usavam três calendários diferentes e inter-relacionados, todos organizados como hierarquias de ciclos de dias, com várias durações. A Contagem Longa era o principal calendário para fins históricos. O Haab era o calendário civil, e o Tzolkin, o religioso. Todos os calendários maias são baseados apenas na contagem serial de dias, ou seja, não são calendários sincronizados ao Sol ou à Lua, como o nosso calendário. Apesar disso, tanto a Longa Contagem quanto o Haab contém ciclos de 360 e 365, respectivamente, valores muito próximos do número de dias do ano solar. Por basear-se apenas na contagem dos dias, a Longa Contagem é muito parecida com o sistema de dias julianos e outras representações modernas de datas e tempo. Também é interessante notar que tal calendário conta a partir do zero. Ou seja, mesmo antes dos hindus, os maias foram o primeiro povo a usar o zero.

Vamos organizar uma tabela com os ciclos do calendário Maia:

Kin – Equivale a 1 dia
Uinal – Equivale a 20 Kins (20 dias)
Tun – Equivale a 18 Uinal (360 dias / 1 ano aprox.)
Katun – Equivale a 20 Tun (7.200 dias / 19,7 anos)
Baktun – Equivale a 20 Katun (144.000 dias / 394,3 anos)
Pictun – Equivale a 20 Baktun (2.880.000 dias / 7.885 anos)
Calabtun – Equivale a 20 Pictun (57.600.000 dias / 157.704 anos)
Kinchiltun – Equivale a 20 Calabtun (1.152.000.000 dias / 3.154.071)
Alautun – Equivale a 20 Kinchiltun (23.040.000.000 dias / 63.081.429 anos)

maya

A Longa Contagem é organizada de acordo com a hierarquia de ciclos mostrados acima. Cada ciclo é composto de 20 unidades do ciclo anterior, com exceção do tun, que é composto de 18 uinal de 20 dias cada. Isso resulta num tun de 360 dias, o que é uma boa aproximação com o ano solar, tendo em vista que outros povos antigos, como os romanos, usavam um calendário exclusivamente baseado no ciclo solar, com 360 dias.

Os Maias acreditavam que, ao fim de cada ciclo Pictun, equivalente a 7.885 anos, o universo seria destruído e recriado. Esta é a verdadeira profecia maia. Infelizmente (ou felizmente), este ciclo só acabará em 12 de outubro de 4772.

Por outro lado, 2012 vai ser MESMO um ano de mudança no calendário maia e é nisso que se baseiam as presentes previsões reptilianas. Para os adeptos da teoria dos “maias engenheiros dimensionais do tempo” de plantão, o fim do mundo chegará em 21 de dezembro de 2012. Mas se convertermos esta data para o calendário maia de Longa Contagem, obteremos o seguinte resultado: 13.0.0.0.0. Isso significa que esse será apenas o início do 13º ciclo Baktun. Seria o equivalente ao início do século 13 para os maias, enquanto nós já estamos, de acordo com nossa contagem, no século 21 (o 12º ciclo Baktun começou em 18 de Setembro de 1618). Isso tudo acontece apenas por que são meios diferentes de contar o tempo, que além disso começaram a ser contados em épocas distintas.
Então, da mesma maneira que o mundo não acaba em 31 de Dezembro, o mundo não acabará dia 21/12/2012. Simples assim…

Mas, então, por quê 21 de dezembro de 2012 foi escolhido pelos místicos, esquisotéricos e charlatões? A resposta é simples e óbvia; uma soma de dois fatores:
1) superstição. Como vimos, essa data corresponde a 13.0.0.0.0. O que está acontecendo com o pessoal da New Age é o velho medo do número 13. Só isso.
2) O povo picareta quer ganhar dinheiro. Ninguém ficaria assustado e compraria os livros best-sellers se o “fim do mundo” fosse em 4772… está muito distante…

A única vantagem é que conseguiremos expulsar todos os hippies fedidos malucos das cidades próximas da praia. Nunca mais teremos de ouvir aquelas musiquinhas peruanas no centro da cidade. Eles se refugiarão próximos à região de Brasília e São Thomé das Letras (eu só fico triste pelos meus leitores do Distrito Federal, que terão de agüentar esse povo)…

Como curiosidade, quem quiser calcular sua data de nascimento no calendário Maia pode acessar este site:
http://users.hartwick.edu/hartleyc/mayacalendar/mayacalendar.html

* Marcelo Del Debbio é estudioso de assuntos misticos e esótericos contribuindo com a publicação de trabalhos diversos em sites e blogs especializados, escrevendo no site "Teoria da Conspiração". Recentemente (23/11/09) esteve no Programa Superpop da Rede TV,desmistificando principais tópicos sobre o tema.

* Post originalmente publicado em "Teoria da Conspiração" de 23 de novembro de 2009.

terça-feira, 24 de novembro de 2009

HARRY PORTER E O ENIGMA DO PRINCIPE

"Esse livro foi considerado, por alguns, o mais sombrio da série até agora."
Por Elenilson Nascimento
Em primeiro lugar, esse livro só vai entrar aqui no COMENDO LIVROS* por causa do filme. Acho esse Harry Potter um saco, mas se a escritora J. K. Rowling consegui (com bruxarias ou não) fazer com que as nossas crianças, “aborrecentes” e adultos pegassem os livros para lerem já é um ponto positivo e tem todos os créditos comigo por isso.
“Harry Potter e o Enigma do Príncipe” é o sexto volume da série, foi lançado oficialmente em 2005, porém a editora portuguesa decidiu traduzir o título como “Harry Potter e o Príncipe Misterioso” (*apesar de antes ter pensado adotar o título de “Harry Potter e o Príncipe das Poções”).
Já no Brasil, o título demorou um pouco mais para ser definido. Após a imprensa ter adotado diversos títulos. O livro foi considerado, por alguns, o mais sombrio da série até agora. E, de fato, Rowling declarou que os dois últimos livros eram tão relacionados que pareciam duas metades de uma mesma história.
Nesse volume, traz a história do sexto ano de Harry Potter na escola de magia de Hogwarts. Em meio à batalha entre o bem e o mal, o poder de antagonista Voldemort e seus seguidores está aumentando dia após dia e a luta contra ele não está indo bem. A Ordem da Fênix já sofreu algumas perdas, os gêmeos Weasley ampliam seus negócios, adolescentes lutam e se apaixonam. Além disso, as aulas na escola para bruxos não têm sido fáceis, embora Harry Potter receba ajuda do misterioso príncipe (*no caso, lições retiradas de um livro).
Em Hogwarts, Harry Potter procurará pela verdadeira e completa história do menino que se tornou Voldemort - e assim, descobrirá o que pode ser sua única vulnerabilidade. Já adulto, Voldemort ameaça tanto o mundo dos trouxas (pessoas normais) quanto o mundo dos bruxos, e a escola Hogwarts já não é o local seguro de outrora. E, como não é bobo nem nada, Harry suspeita que o perigo esteja dentro do castelo, mas bruxo-mestre Dumbledore está mais preocupado em preparar o bruxo para a batalha final que se aproxima rapidamente. Juntos, eles trabalham para superar as defesas de Voldemort.
Para isso, Dumbledore recruta o velho amigo e colega professor Horácio Slughorn, um inocente bon vivant com bons contatos no mundo da magia, pois acredita que ele possui informações cruciais. Enquanto isso, os estudantes estão sob ataque de um tipo diferente de inimigo, já que os hormônios adolescentes se espalham pelo castelo. O livro fala também da morte de Dumbledore.
Já o filme “Harry Potter e o Enigma do Príncipe” foi adiado no ano passado, e só entrou nas telas do cinema esse ano e, agora, você já pode baixar aqui no blog. “Harry Potter e o enigma do Príncipe” dá continuidade à saga do jovem bruxo Harry Potter a partir do ponto onde o livro anterior parou: o momento em que fica provado que o poder de Voldemort e dos Comensais da Morte, seus seguidores, cresce mais a cada dia, em meio à batalha entre o bem e o mal.
A onda de terror provocada pelo Lorde das Trevas estaria afetando, até mesmo, o mundo dos trouxas (não-bruxos) e sendo agravada pela ação dos dementadores, criaturas mágicas aterrorizantes que “sugam” a esperança e a felicidade das pessoas. Então,baixe logo o filme em qualidade DVDrip, formato RMVB, áudio em Inglês, legenda em português, tamanho 528 Mb(RMVB):
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Mas, se mesmo assim, você ainda quer o livro baixe o “Harry Potter e o Enigma do Príncipe - Vol. 6 - J.K. Rowling”. O livro foi considerado, por alguns, o mais sombrio da série até agora. Esse livro já está disponível em vários sites para download,mas você pode também baixá-lo aqui:
download do filme: Laranja Psicodélica
download do livro: Baixe Aqui Grátis
fotos: divulgação
* PUBLICADO ORIGINALMENTE NO BLOG "COMENDO LIVROS" ESPECIALIZADO EM LITERATURA